As ciclofaixas ou ciclovias são alternativas sustentáveis para a vida urbana. Somos cercados de carros, ônibus, motocicletas, e nesse contexto, a ciclovia vem nos brindar como, não apenas uma saída ao inchaço automobilístico mas como também um movimento de saúde urbana.
É importante sabermos que a construção destas faixas não deve ser feita ao acaso, como muitos pensam. O processo é resultado de um pensamento/estudo logístico que assegure a viabilidade do projeto.
Sobre essa ótica, não se pode simplesmente copiar o projeto de ciclovia de outras cidades ou regiões, não é possível usar um ctrl C e ctrl V. Cada cidade é diferente e única, logo cada planejamento deve ser único também, não faz sentido?! Seguem alguns fatores que precisam ser levados em consideração:
1º Topografia das ruas: uma vez que uma rua que parece mais uma parede de tão inclinada não é convidativa ao ciclista, salvo algumas exceções.
2º Espaço das ruas: é preciso ter espaço físico para implementar a ciclovia sem interferir na dinâmica do trânsito. É preciso de espaço para todos, ciclistas, motoristas e pedestres.
3º Tipo de circulação da via: se é uma via comercial ou residencial, se tem muitas garagens com fluxo intenso, se é seguro para o ciclista.
Enfim, esses foram apenas alguns aspectos que são estudados antes da construção das ciclofaixas. Por isso, que não funciona copiar e colar o projeto da cidade A e colocar na cidade B.
O planejamento de uma ciclovia é tão importante que se for deixado de lado pode gerar um sentimento de repulsa ao invés que querer. Muitas vezes nós vemos ciclovias má-planejadas que acabam por piorar o trânsito ao redor e o que ouvimos são reclamações do tipo: “antes dessa faixa era melhor de se dirigir aqui!” Bem, infelizmente isso não é mentira e, o pior, é comum. Você já viu aquelas calçadas que são pintadas para serem ciclovias? Já? Então…. esse é um péssimo exemplo de implementação e planejamento.
Aqui vão alguns exemplos RUINS de que a ideia de fazer alguma coisa é melhor do que fazer nada:
1º Faixas pintadas nas calçadas: Esse exemplo é clássico. Nesse caso, o pedestre perde o direito de trafegar na calçada ☹ a não ser que ele vire uma bicicleta humana.
2º Ciclovias que são rente a calçada que passam por garagens. Isso impede que o motorista possa desacelerar para estacionar na própria garagem e impede o bom fluxo dos carros que vêm a trás.
Esses foram só alguns exemplos e tem muito mais pelas ruas à fora. Rsrs
Com tudo, as ciclovias são soluções para o afogamento no trânsito, para uma vida mais saudável, uma cidade sustentável e muito mais. Porém apenas com planejamento elas são eficazes, em outros casos são apenas mais construções que destoam da logística de uma cidade bem organizada.
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Beijos da Mari e até semana que vem!